Cultura Geral

Discussão em 'Arquivo: vários' iniciada por jedfjedf1996, 15 Outubro 2015.

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  1. -zeantonio-

    -zeantonio- Lenda-viva

    Muito bem MariaTatão!Qual reguada, qual quê!
    Merece nota 20 e também fazer parte do quadro de honra!

    Quem é o próximo a fazer uma nova pergunta?
     
  2. mariatatao

    mariatatao Mestre

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    Muito obrigada pelos miminhos amigo Zé António!

    Será que eu posso colocar uma questão?
    Então aqui vai...
    No próximo dia 30 de outubro (Domingo) vamos entrar na hora de Inverno, isto é, às 02H00 vamos atrasar o relógio para a 01H00 e dormir mais 1 horinha eheheheh...
    Isto acontece em Portugal continental, com variações para as regiões autónomas da Madeira e dos Açores. No entanto sei que no Brasil o mesmo processo já aconteceu no dia 16 de Outubro, altura em que entraram na hora de Verão, ou seja, adiantaram 1 hora.

    Gostaria que os meninos e meninas me explicassem o que é isto de "hora de verão" e "hora de inverno", porque existe e como se processa a nível mundial.

    Bom estudo!
    Prometo dar boa nota a quem for aplicado...
    ;)
     
    Última edição: 28 Outubro 2016
  3. -louletana-

    -louletana- Lenda-viva

    Hoje respondo eu...

    Mereço doçura ou travessura?

    [​IMG]

    Esta noite às duas da madrugada, os relógios foram atrasados uma hora para a uma da manhã, havendo a mudança de horário de verão para o inverno. Mas porque é que que este fenómeno acontece? A ideia surgiu em 1784 e dá pelo nome de ‘Daylight Saving Time’.

    Benjamin Franklin foi o percursor desta ideia, em 1784. Na altura, o objetivo era poupar velas e só em 1916 se voltaria a falar numa mudança de horário para poupança de energia (carvão).

    Agora seria a vez de William Willett, britânico, que em 1907 queria que as pessoas não desperdiçassem horas de luz durante as manhãs. Para isso, publicou um panfleto denominado (O Desperdício de luz diurna) para as pessoas saírem mais cedo da cama.

    Para o britânico a mudança da hora devia ser avançada em 80 minutos, em quatro passos distintos, no mês de abril, e a reversão deveria ser feita em setembro.

    No entanto, a ideia não foi bem aceite e até ao fim da sua vida Willett tentaria convencer a sociedade de que o seu esquema de mudança de hora seria o mais acertado. Morreria em 1915, sem conseguir ver o seu projeto aprovado.
    Para que serve esta mudança?
    Com o começo da I Guerra Mundial, a Alemanha foi o primeiro país a adaptar o seu horário. Quase dois anos depois do começo do confronto bélico, no dia 30 de abril de 1916, os germânicos foram os primeiros a mudar as horas e foram logo seguidos pela Grã-Bretanha, país de onde era originário William Willett.

    A intenção da adoção do Daylight Saving Time aconteceu para se poder poupar as economias aos transtornos da guerra e o "Summer Time Act" foi logo aprovado pelo Parlamento britânico, tendo-se tornado num acontecimento vastamente mediático.Com as tecnologias que possuíam na altura, os relógios não podiam ser atrasados uma hora pois assim ficariam estragados com mecanismos partidos e a solução foi avançar 11 horas, quando o tempo de verão tinha acabado.

    O esquema foi aceite e os seus percursores argumentaram que realizar este tipo de medida ajudava a reduzir o consumo de carvão e aumentar os recursos e os esforços realizados durante a I Grande Guerra Mundial.

    Mas já em 1895 George Vernon Hudson, um neozelandês, havia criado um programa que desse para tirar o melhor partida da luz diurna, tendo o seu projeto sido aprovado em 1927, ou seja, mais de 30 anos depois.
    Alvo de chacota em Espanha
    Já depois da I Guerra Mundial, vários países aderiram ao chamado horário de verão, começando pela Alemanha, Império Austro-húngaro, sendo, logo depois, seguidos pelo Reino Unido e pela França. Todos estes países estavam intimamente envolvidos na guerra.Em Espanha, por exemplo, a mudança de horário, só foi adotada em 1918, o ano em que acabou a guerra.

    Foi nessa altura que a família real espanhola decidiu seguir a mudança de hora e a mesma não foi bem vista por terras de Espanha.

    Desde logo, com muitas fábricas a fechar e com poucos recursos para manufactura e produção de pão. Com o intuito de poupar, a 15 de abril de 1918, é mudada a hora em Espanha e a imprensa não demorou a ridicularizar a situação.

    Um dos fatores mais satirizados foi o facto de os vendedores de relógios de Sol virem a ter problemas. Muitas vezes, quando alguém perguntava pelas horas, era normal ouvir sempre a mesma questão: “a hora oficial ou a outra?”.
    Uniformização na década de 70

    Depois de terminada a guerra em 1918, vários foram os países que deixaram cair o horário de verão. No entanto, em 1939, a II Guerra Mundial voltaria a trazer este horário para várias nações.

    Tornou-se moda usar estas mudanças de horário tendo em conta os confrontos bélicos existentes.

    Só na década de 70 é que o horário foi uniformizado, principalmente em 1974, quando os Estados Unidos e vários países europeus foram confrontados por um embargo no petróleo, depois da crise energética de 1973.

    Nos EUA, por exemplo, houve limitações ao consumo de gasolina e à velocidade a que se ia nas autoestradas, para, mais uma vez, haver poupança de recursos, tal como havia acontecido em 1916.
    Razões para continuar
    Para muitos apoiantes do horário de verão são dadas várias razões para que não se acabe com o mesmo.

    De acordo com especialistas, este horário reduz o número de acidentes no trânsito, poupa energia, aumenta exponencialmente o turismo, o crime diminui e as pessoas são tentadas a fazer mais exercício.
    Também são previstos os riscos de mudar os horários para a saúde.
    De acordo com um estudo realizado em 2012, logo após a mudança para a hora de verão (ou seja, menos uma hora para dormir) deram-se mais mortes por ataques cardíacos e suicídios.

    Especialistas explicam que se deve à privação de sono. Com menos uma hora numa dormida, o stress aumenta dando azo a que mais ataques cardíacos aconteçam.

    Agora, só em março é que haverá nova mudança: para o horário de verão. Por agora, o horário de inverno, está para durar.

    "Está correto Senhora Mestra?"
     
  4. :[LIKA]:

    :[LIKA]: Lenda-viva

    Vamos aguardar a volta a Profª mariatatao ;)

    Em quanto isso....
    Mais uma perguntinha:
    O que são Raios-X e como ocorreu esse invento?
     
  5. jedfjedf1996

    jedfjedf1996 Lenda-viva

    Vamos ver quem responde a esta pergunta da :[LIKA]:, enquanto aguardamos a confirmação da mariatatao.
     
  6. tmss-13

    tmss-13 Guest

    Boas respostas a todos..
     
  7. mariatatao

    mariatatao Mestre

    Olááá...
    Boa tarde a todos!
    Muitos parabéns à menina -louletana- pelo bom trabalho!
    Tem nota 19,9999999...eheheh
    E direito a quadro de honra com medalha!

    Não dei nota 20 porque a menina esqueceu um pequeno pormenor...
    De facto, o grande objetivo histórico original foi a poupança de energia em todas as suas vertentes.
    No entanto, na era contemporânea e numa abordagem mais científica, em fins do século XIX havia um grande número de horas oficiais, poder-se-ia dizer que uma por cada grande cidade e a necessidade de uma standardização parecia evidente, pelo que, em 1870 Sir Sandford Fleming, um engenheiro de vias férreas canadiano, propôs-se traçar um plano para estabelecer um sistema horário standard.
    Como sabemos, o mundo está dividido em meridianos e paralelos, que nos permitem obter as latitudes e longitudes mundiais.
    Seguindo a sua iniciativa, em 1884 representantes de 27 países encontraram-se em Washington, na Conferência do Meridiano, e adoptaram um sistema horário que é basicamente o que se mantém nos nossos dias. Este sistema divide o mundo em 24 zonas ou fusos horários, cada uma destas regiões tem aproximadamente 15 graus de longitude, o meridiano zero, que serve de referência para as restantes zonas, situa-se traçando uma linha de norte a sul que passa pelo meridiano de Greenwich, Reino Unido.
    Cada zona que avança para leste a partir de Greenwich representa uma hora mais e uma hora menos se avançarmos na direcção oeste.
    No entanto há uma grande quantidade de excepções, devido ao facto de a maioria dos grandes países terem um número de franjas horárias inferior ao que lhes corresponderia. O exemplo mais acentuado é constituído pela China, que utiliza a mesma hora em todo o seu território.
    A hora determinada pelo fuso horário de Greenwich é denominada tempo médio de Greenwich ou Greenwich Mean Time (GMT), que todos nós conhecemos.
    Com a evolução produzida pela nova era espacial e atómica, esta denominação está a ser substituída pelo UTC (Tempo Universal Coordinado). Neste caso, falamos do cálculo da hora mediante o uso de relógios atómicos, em vez da observação das estrelas (como acontecia com a hora GMT).

    E prontux!!!
    Foi só mais uma pequenina achega, para quem se interesse por estas coisas da cultura... :D

    Edit: Querida -Louletana- tinha esquecido de mencionar que tem um erro no teu post... Logo no início dizes "Esta noite às 2H da manhã, os relógios foram atrasados 1 hora.... " Mas olha que ainda vai ser esta noite próxima!!!! (Dia 30);)
    [​IMG]
    [​IMG]
    E agora, quem responde à nossa querida :[LIKA]:?​
     
    Última edição: 29 Outubro 2016
  8. jedfjedf1996

    jedfjedf1996 Lenda-viva

    Boa noite.
    Tentando responder à pergunta da :[LIKA]:, vou deixar aqui a informação que encontrei, a qual passo a citar.

    "No fim da tarde de 8 de novembro de 1895, quando todos haviam encerrado a jornada de trabalho, o físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen (1845-1923) continuava no seu pequeno laboratório, sob os olhares atentos do seu servente. Enquanto Roentgen, naquela sala escura, se ocupava com a observação da condução de eletricidade através de um tubo de Crookes, o servente, em alto estado de excitação, chamou-lhe a atenção: "Professor, olhe a tela!".
    [​IMG]
    Nas proximidades do tubo de vácuo havia uma tela coberta com platinocianeto de bário, sobre a qual projetava-se uma inesperada luminosidade, resultante da fluorescência do material. Roentgen girou a tela, de modo que a face sem o material fluorescente ficasse de frente para o tubo de Crookes; ainda assim ele observou a fluorescência. Foi então que resolveu colocar sua mão na frente do tubo, vendo seus ossos projetados na tela. Roentgen observava, pela primeira vez, aquilo que passou a ser denominado raios X.

    O parágrafo acima pode ser uma dramatização do que de fato ocorreu naquele dia, mas o fato que a história regista é que esta fantástica descoberta teve estrondosa repercussão, não apenas na comunidade científica, como também nos meios de comunicação de massa. Por exemplo, em 1896, menos de um ano após a descoberta, aproximadamente 49 livros e panfletos e 1.000 artigos já haviam sido publicados sobre o assunto. Um levantamento feito por Jauncey no jornal norte-americano St. Louis Post-Dispatch, mostra que, entre 7 de janeiro e 16 de março de 1896, catorze notas foram publicadas sobre a descoberta e outros estudos relacionados.

    Todavia, as mais conhecidas referências a essa descoberta tendem a minimizar o mérito do seu autor, enfatizando o aspecto fortuito da observação. Essa visão distorcida que se tem do trabalho de Roentgen só é eliminada quando se toma conhecimento dos seus relatos.

    Com 50 anos de idade na época da descoberta dos raios X, e menos de 50 trabalhos publicados, Roentgen tinha como temas prediletos as propriedades físicas dos cristais e a física aplicada (em 1878 apresentou um alarme para telefone, e em 1879, um barómetro aneróide). Sobre os raios X publicou apenas três trabalhos, e ao final da sua vida não chegou a ultrapassar a marca dos 60. Para um detentor do Prémio Nobel de Física, esta é uma quantidade relativamente inexpressiva. Essa "pequena" produção talvez seja consequência do seu rigoroso critério de avaliação dos resultados obtidos. Pelo que se sabe, ele era tão cuidadoso, que jamais teve de revisar os resultados publicados. Lendo seus dois primeiros artigos sobre os raios X, percebe-se a acuidade do seu trabalho.

    Além da inegável importância na medicina, na tecnologia e na pesquisa científica atual, a descoberta dos raios X tem uma história repleta de fatos curiosos e interessantes, e que demonstram a enorme perspicácia de Roentgen. Por exemplo, Crookes chegou a queixar-se da fábrica de insumos fotográficos Ilford, por lhe enviar papéis "velados". Esses papéis, protegidos contra a luz, eram geralmente colocados próximos aos seus tubos de raios catódicos, e os raios X ali produzidos (ainda não descobertos) os velavam.

    Outros físicos observaram esse "fenómeno" dos papéis velados, mas jamais o relacionaram com o fato de estarem próximos aos tubos de raios catódicos! Mais curioso e intrigante é o fato de que Lenard "tropeçou" nos raios X antes de Roentgen, mas não percebeu. Assim, parece que não foi apenas o acaso que favoreceu Roentgen; a descoberta dos raios X estava "caindo de madura", mas precisava de alguém suficientemente sutil para identificar seu aspecto iconoclástico."


    Espero que seja a resposta pretendida pela :[LIKA]:.
    Enquanto aguardamos a confirmação da senhora professora, alguém pode colocar outra pergunta.
     
  9. _-Sofiaa-_

    _-Sofiaa-_ Lenda-viva

    Bom Domingo para todos! :)
    Irei avisar a Lika de que já tem resposta à sua pergunta.
     
  10. jedfjedf1996

    jedfjedf1996 Lenda-viva

    Enquanto aguardamos a confirmação da [LIKA]:, vou deixar mais uma pergunta, com 3 alíneas:

    a) Em que ano foi adotada a Convenção para a Proteção e Salvaguarda do Património Cultural Imaterial?
    b) Segundo esta Convenção, quais os 5 domínios em que se manifesta o património cultural imaterial?
    c) Esta Convenção é ou não vinculativa para os Estados-signatários?
    Dica: consultar o site da UNESCO, onde é possível descarregar o texto da referida Convenção.
    Boa pesquisa e nada de ser preguiçosos, se faz favor.
     
  11. -louletana-

    -louletana- Lenda-viva

    Afinal não fiz o trabalho bem feito. Prometo para a próxima estar mais atenta e afinal mereço:
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  12. tmss-13

    tmss-13 Guest

    Boas pesquisas a todos
     
  13. mariatatao

    mariatatao Mestre

    Boa tarde!!!
    Ohhhh querida -louletana- nada disso!
    A informação estava (quase) toda lá!
    Faz favor de tirar as orelhas do jerico. Não quero nada disso para as minhas meninas!!!
    :D:D:D
     
  14. :[LIKA]:

    :[LIKA]: Lenda-viva

    Muito bem jedfjedf! Otima pesquisa!
    nota :100000000000000000000000000000....!

    quem será o estudioso(a) que vai responder a pergunta do jedfjedf?
     
  15. mariatatao

    mariatatao Mestre

    Boa tarde!
    Credo jedfjedf, isso é lá pergunta que se faça?
    Tema maçudo mesmo!
    Mas pronto, como até agora ainda ninguém se deu ao trabalho de responder, eu vou ali pesquisar e já volto...
    Até já!
    ;)
     
  16. jedfjedf1996

    jedfjedf1996 Lenda-viva

    Olá mariatatao.
    Eu peço 3 coisas muito simples: a data de assinatura, os 5 domínios em que se manifesta o património cultural imaterial (não é preciso explicar, é só dizer quais são) e se é vinculativa ou não.
    Na minha opinião, não é um tema maçudo. Aliás, acho que é um tema dos interesse de todos (ou devia ser). Hoje em dia, há uma preocupação cada vez maior em preservar o património cultural imaterial. Isso é bem visível através, por exemplo, da classificação de bens imateriais como Património Mundial da Humanidade.
    Aguardo a tua pesquisa. Lembro apenas que ninguém é obrigado a responder.
     
  17. mariatatao

    mariatatao Mestre

    Ohhh jedfjedf não se amofine comigo!
    Tem toda a razão quando diz que é um tema de grande importância e jamais eu diria o contrário!
    Apenas lhe chamei maçudo porque, regra geral, este tipo de documentos são deveras extensos e com uma linguagem à qual nem todos estão habituados. Para bom entendedor...

    Mas vamos lá!
    Tentei resumir ao máximo. Espero que a resposta esteja do seu agrado.


    Questão a)
    Em que ano foi adotada a Convenção para a Proteção e Salvaguarda do Património Cultural Imaterial?

    No dia 17 de Outubro de 2003 foi aprovada a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial no decurso da 32ª Conferência Geral das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
    Esta Convenção entrou em vigor no dia 20 de Abril de 2006 (§ 34º)

    Questão b)
    Segundo esta Convenção, quais os 5 domínios em que se manifesta o património cultural imaterial?

    Considera-se património cultural imaterial, de acordo com a Convenção, § 2º, alínea 1«(…) as práticas, representações, expressões, conhecimentos e aptidões – bem como os instrumentos, objectos, artefactos e espaços culturais que lhes estão associados – que as comunidades, os grupos e, sendo o caso, os indivíduos reconheçam como fazendo parte integrante do seu património cultural. Esse património cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função do seu meio, da sua interacção com a natureza e da sua história, incutindo-lhes um sentimento de identidade e de continuidade, contribuindo, desse modo, para a promoção do respeito pela diversidade cultural e pela criatividade humana»
    § 2º, alínea 2« O “património cultural imaterial” tal como é definido no parágrafo I supra,
    manifesta-se nomeadamente nos seguintes domínios:
    (a) tradições e expressões orais, incluindo a língua como vector do património cultural imaterial;
    (b) artes do espectáculo;
    (c) práticas sociais, rituais e actos festivos;
    (d) conhecimentos e usos relacionados com a natureza e o universo;
    (e) técnicas artesanais tradicionais.
    § 2º, alínea 3 É, pois, este património cultural imaterial que a Convenção de 2003 pretende salvaguardar, prevendo, entre outras medidas, que cada Estado Parte elabore inventários desse património.»

    «Entende-se por “salvaguarda” as medidas que visam assegurar a viabilidade do património cultural imaterial, incluindo a identificação, documentação, investigação, preservação, protecção, promoção, valorização, transmissão - essencialmente pela educação formal e não formal – e revitalização dos diversos aspectos deste património.»

    Questão c)
    Esta Convenção é ou não vinculativa para os Estados-signatários?

    Citando § 2º, alínea 4, « Entende-se por “Estados Partes” os Estados que estão vinculados pela presente Convenção e entre os quais ela está em vigor.»
    Alínea 5, « A presente Convenção aplica-se mutatis mutandis aos territórios visados no Artigo 33º que dela se tornem Partes, em conformidade com as condições que o referido artigo especifica. Nesta medida, a expressão “Estados Partes” refere-se também a esses territórios.»

    Para completo esclarecimento, é de referir o §33º, e passo a citar:
    Alínea 1.A presente Convenção está aberta à adesão de todos os Estados não membros da UNESCO que a Conferência Geral da Organização convide a aderir a ela.
    Alínea 2.A presente Convenção está também aberta à adesão dos territórios que gozem de total autonomia interna, reconhecida como tal pela Organização das Nações Unidas, mas que não tenham acedido à independência plena em conformidade com a resolução 1514 (XV) da Assembleia Geral e que tenham competência para as matérias de que trata a presente Convenção, incluindo a competência para subscrever contratos sobre essas matérias. "


    De salientar ainda que esta Convenção de 2003 tem por objectivos:
    a) A salvaguarda do património cultural imaterial;
    b) O respeito pelo património cultural imaterial das comunidades, dos grupos e dos indivíduos;
    c) A sensibilização, a nível local, nacional e internacional, para a importância do património cultural imaterial e do seu reconhecimento mútuo;
    d) A cooperação e o auxílio internacionais, no quadro de um mundo cada vez mais globalizado que ameaça uniformizar as culturas aumentando simultaneamente as desigualdades sociais.
    Afirmando-se como um instrumento promotor do património cultural imaterial, principal gerador da diversidade cultural e garante do desenvolvimento sustentável, a Convenção de 2003 pretende preencher uma lacuna no sistema legal de protecção internacional do património cultural, cujos instrumentos, até agora, não consideravam o património cultural imaterial, mas apenas o património cultural tangível, móvel e imóvel, pelo que as expressões culturais intangíveis não podiam ser salvaguardadas através dos instrumentos legais internacionais então existentes.

    Webgrafia:
    - Comissão Nacional da UNESCO -Ministério dos Negócios Estrangeiros
    - site da UNESCO Portugal

    Obrigada!


    Editado por :[LIKA]:
    Motivo: Link externo
     
    Última edição: 2 Novembro 2016
  18. :[LIKA]:

    :[LIKA]: Lenda-viva

    Passando para ver as pesquisas e desejar ótimos estudos! ;)
    E cuidado ao colar os textos para não ir contra as regras do fórum deixando os links externos, evitem sanções e posts deletados.
     
  19. jedfjedf1996

    jedfjedf1996 Lenda-viva

    Olá mariatatao.
    Quanto à parte de estes documentos serem muito extensos, eu não digo que não sejam, porque eu próprio já confirmei que documentos destes são, por norma, documentos com um número considerável de páginas. Por vezes, podem ter linguagem que nem toda a gente compreende, mas no caso da Convenção referida na pergunta, a parte que continha a resposta possui uma linguagem relativamente acessível e fácil de compreender.
    Em relação à resposta, está correta e extremamente completa.
    Quanto à parte de a Convenção ser vinculativa ou não, talvez essa parte não esteja tão clara, embora mencionada na resposta, portanto, apenas esclareço que a Convenção para a Proteção e Salvaguarda do Património Cultural Imaterial é vinculativa, obrigando, por isso, os Estados-signatários a transpor as suas medidas para a legislação nacional.
    Como também disseste e muito bem, esta Convenção veio preencher uma lacuna no que diz respeito a instrumentos legais dedicados especificamente ao património cultural imaterial, dado que a Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural, não permitia invocar apenas os aspetos imateriais como critério de inscrição na Lista do Património Mundial, devido à própria definição de património cultural que dela consta.

    Vamos aguardar que alguém coloque a próxima pergunta.
     
    mariatatao aprova isto.
  20. :[LIKA]:

    :[LIKA]: Lenda-viva

    Vamos lá para próxima pergunta :

    O quem foi Tesla?E o que ele contribuiu para os dias atuais?
     
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