Cantinho da Poesia

Discussão em 'Canto da conversa' iniciada por -louletana-, 28 Dezembro 2017.

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  1. -louletana-

    -louletana- Lenda-viva

    Liberdade


    Sophia de Mello Breyner Andresen

    Aqui nesta praia onde
    Não há nenhum vestígio de impureza,
    Aqui onde há somente
    Ondas tombando ininterruptamente,
    Puro espaço e lúcida unidade,
    Aqui o tempo apaixonadamente
    Encontra a própria liberdade.
     
  2. soraiamachado

    soraiamachado Lenda-viva

  3. -VanessaRosa-

    -VanessaRosa- Lenda-viva

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  4. @aaaaaaline

    @aaaaaaline Guest

  5. -VanessaRosa-

    -VanessaRosa- Lenda-viva

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  6. soraiamachado

    soraiamachado Lenda-viva

  7. -VanessaRosa-

    -VanessaRosa- Lenda-viva

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  8. @aaaaaaline

    @aaaaaaline Guest

    Soneto do amigo

    Enfim, depois de tanto erro passado
    Tantas retaliações, tanto perigo
    Eis que ressurge noutro o velho amigo
    Nunca perdido, sempre reencontrado.
    É bom sentá-lo novamente ao lado
    Com olhos que contêm o olhar antigo
    Sempre comigo um pouco atribulado
    E como sempre singular comigo.
    Um bicho igual a mim, simples e humano
    Sabendo se mover e comover
    E a disfarçar com o meu próprio engano.
    O amigo: um ser que a vida não explica
    Que só se vai ao ver outro nascer
    E o espelho de minha alma multiplica...

    Vinicius de Moraes
     
  9. -louletana-

    -louletana- Lenda-viva

    Poema aos homens constipados
    António Lobo Antunes
    IMPERDÍVEL

    Pachos na testa, terço na mão,
    Uma botija, chá de limão,
    Zaragatoas, vinho com mel,...
    Três aspirinas, creme na pele
    Grito de medo, chamo a mulher.
    Ai Lurdes que vou morrer.
    Mede-me a febre, olha-me a goela,
    Cala os miúdos, fecha a janela,
    Não quero canja, nem a salada,
    Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
    Se tu sonhasses como me sinto,
    Já vejo a morte nunca te minto,
    Já vejo o inferno, chamas, diabos,
    Anjos estranhos, cornos e rabos,
    Vejo demónios nas suas danças
    Tigres sem listras, bodes sem tranças
    Choros de coruja, risos de grilo
    Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
    Não é o pingo de uma torneira,
    Põe-me a Santinha à cabeceira,
    Compõe-me a colcha,
    Fala ao prior,
    Pousa o Jesus no cobertor.
    Chama o Doutor, passa a chamada,
    Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
    Faz-me tisana e pão de ló,
    Não te levantes que fico só,
    Aqui sozinho a apodrecer,
    Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.
    António Lobo Antunes - (Sátira aos HOMENS quando estão com gripe)
     
  10. soraiamachado

    soraiamachado Lenda-viva

  11. -VanessaRosa-

    -VanessaRosa- Lenda-viva

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  12. @aaaaaaline

    @aaaaaaline Guest

    No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
    que o vento não conseguiu levar:
    um estribilho antigo
    um carinho no momento preciso
    o folhear de um livro de poemas
    o cheiro que tinha um dia o próprio vento...

    Mario Quintana

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  13. -louletana-

    -louletana- Lenda-viva

  14. -VanessaRosa-

    -VanessaRosa- Lenda-viva

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  15. @aaaaaaline

    @aaaaaaline Guest

  16. -VanessaRosa-

    -VanessaRosa- Lenda-viva

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  17. @aaaaaaline

    @aaaaaaline Guest

    Soneto do amigo

    Enfim, depois de tanto erro passado
    Tantas retaliações, tanto perigo
    Eis que ressurge noutro o velho amigo
    Nunca perdido, sempre reencontrado.
    É bom sentá-lo novamente ao lado
    Com olhos que contêm o olhar antigo
    Sempre comigo um pouco atribulado
    E como sempre singular comigo.
    Um bicho igual a mim, simples e humano
    Sabendo se mover e comover
    E a disfarçar com o meu próprio engano.
    O amigo: um ser que a vida não explica
    Que só se vai ao ver outro nascer
    E o espelho de minha alma multiplica...

    Vinicius de Moraes
     
  18. Mr.Crops

    Mr.Crops Duque

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    @aaaaaaline aprova isto.
  19. @aaaaaaline

    @aaaaaaline Guest

    Soneto cv

    Não chame o meu amor de Idolatria
    Nem de ídolo realce a quem eu amo,
    Pois todo o meu cantar a um só se alia,
    E de uma só maneira eu o proclamo.
    É hoje e sempre o meu amor galante,
    Inalterável, em grande excelência;
    Por isso a minha rima é tão constante
    A uma só coisa e exclui a diferença.
    'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
    'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
    E em tal mudança está tudo o que primo,
    Em um, três temas, de amplo movimento.
    'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
    Num mesmo ser vivem juntos agora.

    William Shakespeare
     
  20. -louletana-

    -louletana- Lenda-viva